quarta-feira, 1 de junho de 2011

As vezes…

Cabelo molhado, pijamas e uma caneca com café e leite, as vezes apenas café, as vezes um cigarro, quase sempre uma solidão, e as vezes pensamentos vagos, lembranças retraídas e imaginações futuras.

As vezes ele busca quem sabe não saber, quem sabe não querer e quase sempre deseja o impossível, rodeado de pessoas e momentos, palavras e olhares e atitudes que o deixam pensativo, cabisbaixo, com vontade de não ter mais vontade, ficar no seu canto ou em lugar algum, mas isso já é bem impossível. Mas ele pensa.

As vezes ele lê um artigo, suspira num verso e se perde numa melodia, as vezes ele brinca de estrela, sonha com planetas e cai da cama com a realidade que lhe permite viver e sonhar. Assim como tudo na vida tem um tempo certo, existe o momento de felicidade e o momento de rever alguns costumes, atualizar um iPod e deletar os arquivos da vida. Ele agora passa por algo assim, tem que pensar, tem que separar o certo do errado o conveniente do necessário e quem sabe as coisas tomem um rumo melhor, ou apenas estacione nessa vida conturbada que ele insiste em viver.

As vezes ele ignora a solidão, passa uma rasteira na tristeza, mas isso se torna uma pausa em seus problemas, aliviando quem sabe a dor e assim, sobrevivendo a mais um dia.

As vezes ele queria um manual, ou apenas um tutorial de como lhe dar com as pessoas, não precisaria de muita coisa, mas umas cinco personalidades já são o suficiente para ele perceber como são as demais… O melhor da vida, não é apenas viver, mas construir uma história, solicitar á cada dia uma saudade, uma vontade ou uma lembrança. Complicado pensar assim, mas nesse ponto ele sabe como descomplicar a sua vida.

As vezes ele gostaria de entender porque sofremos tanto, porque as pessoas que amamos de alguma maneira nos magoam, ou como muitas vezes somos mal interpretados, queria saber se a dor da saudade e a dor da perda é igual para todos, se o vazio que não é fome nem as lágrimas que quase não secam surgem da mesma maneira quando se está sofrendo… Mas compreende que isso tudo pode ser a pausa da felicidade, um recuo para alegria, deixando a tristeza dominar as coisas por um curto período, nada de muito, assim ele lembra que tem um coração e que por mais ácida que seja a vida, ele se ama tanto que é necessário ficar assim, chorar um pouco, lamentar duas coisinhas, mas esse mesmo coração que chora, tem a capacidade de amar de novo, se encher de alegria, explodir felicidade por onde passe, e quem sabe, deixar de ser flecha e aprender a virar alvo!

As vezes ele fica assim, mas é uma fase, de uma noite ou de um mês!

 
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