sexta-feira, 30 de novembro de 2012 0 Diz ai!

Beirando os 30

Chega uma fase na vida de qualquer pessoa que estabilidade torna-se bem mais importante do que sentir-se desejado(a) por onde passa, essa coisa de ganhar olhares não é mais o foco que gera emoções, vejo algo entre o amor e a cumplicidade entre duas pessoas. Sim, por um ou outro motivo, pensei nisso agora pouco.

Passamos a vida buscando encontrar nossa metade, nossa "alma gêmea" e como numa espécie de peneira imaginária, vamos "peneirando" pessoas, colhendo o que de bom elas tem a nos oferecer, ensinando e aprendendo coisas, ganhando confiança e deixando partir, e a cada despedida essa pessoa deixa em nós, fragmentos fortes que vão anexando em nossa personalidade, modificando aos poucos e tornando-nos mais exigentes, comedidos, cauteloso, pegajosos, intimidados e uma garga extra que vai variando de pessoa pra pessoa. Já não sei quantas vezes mudei meu discurso de reprovação depois de um mal entendido e que diante a um pedido de desculpas sincero eu recuava e guardava no meu íntimo tudo aquilo que queria dizer, esse controle que vem com o tempo, toda serenidade tem um limite, ninguém aguenta ofensas e estouros calados, chaga a hora em que temos que por em pratos limpos, todos os assuntos que sempre sentimos vontade de falar, só faltava coragem para dar o primeiro passo.

E a vida segue, um dia feliz, outro nem tanto, mas a verdade absoluta é que ninguém quer ser feliz sozinho, todos queremos alguém para suprir nossas necessidades, para sentirmos mais importante e fazer falta na vida de alguém, mais não é qualquer pessoa que mereça isso, sim, quando você menos espera, é chegado o momento que você exige exclusividade,  nem falo de "casamento" porque essa palavra tem um peso  maior que a quantidade de letras, quando amor acontece ele não chega sozinho, com ele vem o ciume, a proteção, a satisfação, os prazeres, as modificações, e quando sentimos que temos tudo isso, é sinal de que o amor que foi o primeiro a ser citado, agora é que se faz presente, agora é ele que domina a nossa razão, e passamos a ser dependentes daquela pessoa, no sentido emocional da coisa é claro. E é nesse instante que você ouve o estalo, e desperta pra realidade, e você quer tudo isso, você fez por merecer viver cada momento bom, cada situação complicada, cada situação resolvida, e a falta dessa segurança causa esse buraco no coração, ou essa necessidade de ouvir com todas as letras e com o eco que o coração produz um: EU TE AMO sincero, honesto, gratuito, gentilmente oferecido. 

E a maturidade encarrega-se de conduzir as coisas, você depara-se com a ausência dos cinco minutos de preocupação, da estabilidade física e mental do outro, e você permite-se a viver isso. Não é fácil chegar nesse nível da vida, os atropelos e limitações são muitos, também não é uma regra você só para pra ser único na vida de alguém depois de ter dormido com a cidade inteira. Cada caso é um caso e cada pessoa escolhe um estilo de vida, eu escolhi escolher-me primeiro, dar-me muito amor e amar cada pedaço de mim, ai sim, terei o privilégio de poder compartilhar tudo isso, más pelo que vejo, tá mais perto do que eu possa imaginar. 

Você tem metas na vida, sim, eu sei que tem, encaixe essa também, permita-se a isso e o resultado será intenso.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012 0 Diz ai!

You, it's you and me

Nem sempre é num café no fim da tarde que eu paro para refletir erros e acertos da minha vida, divago meus momentos em qualquer turno do dia, em qualquer alteração de humor, em alguma situação nova que apresenta-se diferente, perturbando meu alicerce e criando novas atitudes, novos hábitos, essas coisas que geram o momento.

Entre uma taça de vinho e uma mordida no chocolate, peguei-me ouvindo Placebo, recordo um passado não tão distante, lembrando e lamentando como teria sido se eu não fosse tão "sentimentalista" tão agridoce, tão repulsivo, se eu não fosse tão "eu", e vejo que de alguns anos para cá, mudei tanto, tornei-me alguém melhor, sem viver um drama ímpar que ganhe o troféu de modificador do ano, os "muitos" que vivi, compõe esse todo que eu sou e é interessante analisar isso, ver o quanto podemos vencer nos pequenos obstáculos que a vida joga. E no sentimento que brota todos os dias, veio-me essa vontade perturbadora de querer saber onde estou "pisando" analisando que ás vezes um passo que dou ao seu encontro geram quatro distanciando-me do que eu realmente quero, e nesse vendaval de emoções, resta-me algumas verdades absolutas, coisas que por mais nobre que parecem, ao teus olhos passam a forma mais agressiva do ato.

Parei com muita coisa, depois que eu percebi que esse "lance" é assim: Você, e bem depois de uma série de ocupações, frustrações, distanciamento é que vem o você e eu, sim, sempre você á frente de tudo, e eu como um antagonista de minha própria vida e escolhas, sabendo que você foi uma escolha e não alternativa, nunca lhe tratei como tal, renunciei coisas que hoje posso enumerar e sem ter um arrependimento maior, arrependo-me de segurar tua mão e correr para esse lago abstrato em que me encontro. Cada dia uma nova (NOVA) situação, cada passo errado uma lacuna maior se forma em nosso meio, esse mesmo meio que divido com você e sua porção X de amigos, fiéis de brigas e defesas.

E tinha esquecido-me o quão bom é ser como eu sou, sim, gosto das minhas particularidades, desse meu mundo ou universo particular que só eu me vejo, que só eu me basto, que só eu me agrado.  E sem dar-te o direito de ter causado esse maremoto em minha vida emocional, vejo bem que fui eu a pessoa que acreditou e idealizou uma pessoa que você nunca poderá ser, você é do tipo sem medidas, sem freios e de muitas alterações, não posso competir com isso, seria injusto, seria mais uma ideia banal dessa minha mente viajante.

Recolho-me no direito de não ter mais que importa com o que você venha ou deixou de fazer, é bom reconhecer os nossos erros, saber quando pesamos na vida de alguém, mesmo que você queira isso, queira quem sabe tripudiar mais ainda do que já tem, eu jogo a minha toalha e sentado no piso do meu quarto, saboreando um vinho de marca duvidosa e sabendo das calorias adquiridas nessa barra de chocolate, embriagando-me com as musicas do Placebo  jogo a toalha mesmo e recolhe-me na minha total insuficiência. 
sexta-feira, 16 de novembro de 2012 0 Diz ai!

Rendo-me aos meus sentimentos, meus!



Sentia minhas pernas tremendo, coração acelerado, meus olhos miravam para todos os lados, esperando ver você surgir de qualquer parte, seu jeito de caminhar apressado me instigava, sua altura perfeita, a sincronia nas mãos, um abraço, um olhar de satisfação e naquele instante, comecei a me apaixonar por você, era como se fosse a primeira vez que me apaixonava, me esqueci de como era sentir essas emoções, quase mudo, pouco conversei, souber ser aquele ouvinte sereno, algumas gargalhadas e nessa brincadeira de adolescente, já passamos dos seis meses de namoro, no segundo dia já fui apresentado como "meu namorado" e o turbilhão de emoções só fazia crescer, fui descobrindo suas particularidades, suas manias, dedicando-me a ser a pessoa que você deveria contar em qualquer situação de sua vida. Além de namorado, queria ser lembrado como o fiel amigo... Tudo balela, muita balela pra pouca ocasião.

Gostar de você foi fácil, complicado está sendo te redescobrir, sentir falta daquilo que os populares chamam de "flores iniciais" deparo-me agora com os espinhos, sua indiferença e seus mistérios que querendo, acadei a descobrir, descobri não foi tão complicado quanto ao fato de você omitir as verdades absolutas que eu já sabia, só queria uma confirmação honesta, uma explicação fútil. Qualquer coisa que eu voltasse a sentir que mesmo não estando todos os dias ao teu lado, meu coração inquieto, poderia sossegar sabendo que naquele coração seu, agora já não tem espaço para um novo amor, meu coração cheio e repleto de carinho estava seguro de que ali, naquele seu peito macio ele estaria seguro. Mais balela!

Não, não estamos apenas de crises sociais, as crises emocionais pouco comentadas na mídia só visam a indiferença  uma separação repentina e uma reconciliação tola, juras de amor sem nexo e passado isso, tudo volta a ter a forma degradante das emoções, não que mais nada me agrada em você, mais forma seus costumes que deixaram-me assim, centrado em cada indiferença e quando sou eu que faço coisas, se tivesse uma penalidade para quem se importa de mais com se ama, eu estaria pagando caro ás vezes que deduzi e acertei em cheio nas desconfianças. Achei uma infantilidade da minha parte tratar-te como te tratei, maturidade bacana é chegar, sentar e dialogar sobre nossas aflições, e olha que eu tentei, por inúmeras vezes, mais você se esquiva de tudo, como se seu passado não refletisse em seu presente e abalasse tudo aquilo que você ajudou a construir.

Cansei de carregar pesos e erros, de vestir a capa de ciumento e inconveniente  se você soube ganhar-me com todo seu cuidado, carinho e atenção, digo-lhe que já me perde com a indiferença, com as pequenas mentiras, com o jeito frio de não saber conversar o que se passa, com tudo aquilo que já faz falta... Enojo-me  por isso, fiz um esforço hercúleo em vão, da minha parte existe uma mágoa, no dia que fui munido de coragem para dar um fim nessa história toda, você soube de uma maneira tranquila, expor alguns motivos que travaram minha decisão "não me deixe não, por favor" só queria saber que parte desse pedido existiu uma dose de verdade, sim, eu gostaria de saber onde e com quem eu estou namorando? Até quando mais mistérios? Até quando mais situações estressantes? E de pensar que quando "reclamei" da sua falta de atenção comigo você falou que " há... no início eu marcava mais em cima porque tinha muito medo de perder... más agora você me pertence" Não, não é bem assim que a coisa funciona, gosto dessa coisa da entrega, gosto de saber que alguém se importa comigo de verdade, que nem que seja em algum momento do dia você pare, pense... e imagine como estou, o que estou fazendo, quem está comigo... Mais pensando bem, isso é pedir muito, já que agora tenho sua nova personalidade para desvendar, posso não me dar ao luxo de não querer passar por isso, e não quero, não que eu seja fraco, mais porque existe em mim, aquele amor próprio, sim, amo-me bem mais que a você, é claro que eu não me basto, mais posso conviver com a solidão, até que o ciclo passe e em meio a novos caminhos, quem sabe exista um novo cruzamento, uma nova pessoa, uma nova situação. É um risco que estou disposto a passar!
quarta-feira, 14 de novembro de 2012 0 Diz ai!

Quando eu me encontrar.

Os dias e suas situações, mudei tanto nas atitudes que acabei perdendo-me nesse percurso louco e minúsculo da minha vida, mas o fato é: Perdi minha identidade social. Como foi que eu deixei isso acontecer? Acho que foi quando parei de viver minha vida e comecei a absorver a sua, suas manias, seu gosto musical, suas rompantes estranhas, mesmo sabendo que já tenho uma carga razoável, mais acabei tornando-me parte dessa sua vida louca. E que louca é sua vida.

Uma vez li em algum post do Facebook de alguém que não devemos mudar por ninguém, quem sabe melhorar alguma coisa para facilitar o convívio, banal pensar nisso, mais é uma solução cogitada, algo como desprendimento de alguns hábitos  o engajamento de novas rotinas, essa troca mutua para fazer uma personalidade em conjunto. Mais não é fácil, o caminho é árduo, tem a parte da doação que também tem que ser uma coisa reciproca e hoje em dia,é  nesse barco que eu queria que você estivesse, tolice a minha, eu quem remava sozinho, fiz um esforço inútil, não sei quando e como deixei que a correnteza levasse o nosso barquinho direto para a cachoeira. Mais ele foi, não muito tranquilo, e em queda livre, soltamos nossas mãos e a coisa desandou. Minha personalidade ou aquilo que podemos chamar de "nosso eu" foi junto. 

Nunca me vi tão amargo e inquieto como me vejo hoje, sim, pensar em não ter mais que mapear seus passos dá uma angustia maior, um vazio necessário que eu sempre nutria por qualquer pessoa, aquele desprendimento básico que faz a coisa manter uma certa harmonia. Assim, nem uso muito isso no geral, porque cada pessoa tem um jeito particular de lhe dar com qualquer situação e no meu caso que é um dos mais perdidos, sou eu a parte romântica e quem gosta de fazer a base firme na relação. E como tantas bases que sustentaram grandes monumentos nessa vida, sinto-me sujo, pichado, cheio de poeira, buracos, lixo e o acumulo de lamentações escritas com carvão por toda base. 

Sim, é exatamente assim que vejo-me nesse momento, a vaidade não é a mesma, as prioridades são outras, dos meus sonhos, que são muitos, ainda abri espaço para os nossos sonhos e planos conjuntos, pensei num futuro sem almejar o presente, sei lá, fiz aquilo que o coração bobo pedia, aquela parte da doação que você não sente o quanto está doando-se, e não, não teve um fim, nem pausas, mais teve esse sopro de verdade, essa olhada no espelho ara eu ver meu reflexo cansado, abatido e desprendido. 

Volte logo ao que você é Joselito! Essa frase me persegue todo instante, e eu vou voltar, sim, porque gosto bem mais quando eu posso ser quem eu sou, fazer o que gosto e quando quero. Não ter que atribuir minha felicidade ao seu humor inconstante. Vou começar pelas beiradas assim como qualquer outra pessoa, os primeiros passos já estão sendo dados e vou ver o que acontece, vou ver se me encontro, mais estou vendo isso devagar, assim como também deixei de ser e fazer!

Cansado, porém renovando tudo aquilo que está sujo e já não me serve!
quarta-feira, 7 de novembro de 2012 0 Diz ai!

Norte - Isabella Taviani

Mais uma dica super bacana amigos, para quem gosta de uma novidade ou para quem nunca ouviu a cantora deixo essa dica, super bacana, esse cd veio no momento impar em minha vida... As melodias + as letras, caramba... Não poderia pensar diferente.... Segue o link caso desejem baixar. 





Lamento dizer, mas quando a chuva passar 
Eu devo partir 
É triste ter que deixar você por aqui 
Guardada nas palavras 

Lamento informar, devemos nos retirar 
De onde isso vem? 
Um cheiro particular de se querer bem 
Um tal bem estar 
Tempo quente 
Nossos corpos começando a queima

Tua carne trepidando 
Não me pode encostar 
Não há calma, não há pressa 
Confusão que me deu 
Tudo em você me interessa 
É mais forte que eu 

Lamento porque 
Depois de se apresentar 
O tal do prazer 
Difícil é controlar 
O eu em você 
A razão e o querer 
Quisera ser forte 
Fugir pro sul quando o norte 
Invadiu meu quarto 

Deixou na pele seu rastro 
Quisera sair do seu forte abraço 
Teu cabelo, teu pescoço 
Quem me arranca daqui? 
Tua boca um esboço do que vem por ai 
Minha cara, que surpresa 
Temos que admitir 
Só nos resta a certeza 

É amor isso aqui 
Quando eu quiser, queira 
Quando eu puder, queima 
Quando eu entrar 
Deixa eu ficar
terça-feira, 6 de novembro de 2012 0 Diz ai!

Voltando ao início de meus sonhos.




Pensava que era isso, mais era aquilo, quando achava que aquilo era o que iria acontecer, deparava-me com o isso e minha vida tornou-se um mar oscilante, onde o que eu penso não coincide muito com o que eu faço e ás vezes o que eu faço nem sempre é aquilo que você espera.
Odeio ter que pensar em "você" como o todo que eu idealizo, pessoas são bem menos que emoções, são atitudes reveladas com o corriqueiro, o que nem sempre me agrada. Mais quem disse que você sabe do meu querer e absorve meu agrado? Sinto-me em uma banheira cheia de água, sais de banho, e quase sempre você passa em mim, um esfoliante que chega tirando tudo aquilo de bom que o momento proporciona. Esperar a tal reciprocidade é como deslizar no sabão, numa sala escura sem saber onde e quando você vai esbarrar numa parede segura que irá amparar seus pés e amortecer seu deslize, sim, deslizes é assim que sinto-me cada vez que de sua boca as três palavrinhas mentirosas são pronunciadas. 

Ai me pergunto como e de onde vem minha permissão para que tudo isso aconteça, quem sabe meu sentimentalismo barato seja maior que minha consciência erronia,  sim, ás vezes falo muito, agrado muito, faço do muito que a olhos alheios é pouco, mesquinho, sem jeito e sem forma. Esqueci de mim, minhas vontades, minhas prioridades e dediquei-me a você da brutal maneira que me abandonei no seu tempo.

Mais nunca é tarde para frear tudo isso, buscar no espelho mais próximo meu reflexo esquecido, notar que existe um amor que só eu posso dar-me que só eu sei que não vai doer, só eu sei que irá existir aquilo que eu quero e vou me amar bem mais do que antes, ser quem eu sou e não ser quem você espera que eu seja. Quando na verdade não faço ideia de quem você quer que eu seja, mais eu sei quem eu quero ser, eu sei quem já sou, e a pessoa que eu pretendo torna-me é bem mais do que você imagina que eu possa ser. 

Quem dera o tempo que eu me dedicava mais... Quem dera. 
 
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