Mas e então, como as coisas podem tomar um rumo estranho e maravilhosamente excitante!
Fiz a linha moço bobo, colhi cada palavra, observei cada gesto, alimentei as mentiras que eu ouvi por anos e iludi da maneira mais baixa que uma pessoa pode ser com outra. Brindamos á "volta" rolou um beijinho para celar o momento e na primeira noite, dormi em casa, preservei meu ódio e me deliciava com sua cara de felicidade, nem imaginando meus planos mais sombrios.
Ficávamos horas falando ao celular, trocando figurinhas e contando como foi o dia, coisa de namoradinhos apaixonados. E eu dizendo á mim mesmo: Vai pensando! Isso tudo não durou uma semana, não tinha estomago para levar isso mais adiante, sabendo de seus horários, lugares que freqüenta, inventei uma dor de cabeça para não sair. Desculpa aceita e meus planos dando certo. Fui para o café onde costumávamos passar horas conversando e "vivendo de aparências" fui acompanhado, com a pessoa com quem estava saindo bem antes, por sorte a mesa de sempre estava disponível, meia hora depois vejo seus olhos me mirando, e pelo semblante, pensando no quão estúpido eu sou, ou como esse cara tranqüilo e gente boa poderia fazer isso com alguém, ou logo com seu affair que arrancou o melhor que eu tinha em mim.
Paguei na mesma moeda e não fiquei magoado com nada do que eu fiz, celebrei mais ainda ao ver sua saída e suas ligações, querendo saber por que eu tinha sido tão cruel. Paguei na mesma moeda eu falei. E frisei para degustar da mesma dor, da mesma raiva e usufruir da superação de perder quem se ama. Simples assim, sem dor para mim, e tudo num nível!
Nunca subestime um coração dilacerado. ou as coisas podem sair fora do contorno!